A Câmara Municipal de Sintra realizou nesta Freguesia um mural através da Mural 18-programaçao de arte em rede, numa candidatura de 18 obras a realizar nos 18 Municípios que integram a AML – Área metropolitana de Lisboa.
O projeto de arte urbana do programa Mural 18 visa criar uma ponte entre as comunidades dos 18 Municípios da Área Metropolitana de Lisboa e os artistas deste género aí sediados. A ideia é apoiar o talento dos artísticas residentes na AML, ao mesmo tempo que se proporciona acesso às comunidades, à cultura e arte urbana, de forma a acordar a consciência do público para este tipo de arte contemporânea. Os murais serão inseridos em zonas da vida quotidiana dos munícipes, de forma a criar uma maior proximidade entre estes e a arte exposta.
– A AML pretende, assim, criar posteriormente um roteiro de arte urbana que passe por cada um dos concelhos do projeto, exemplificando como este movimento artístico pode ajudar a preservar a identidade local e a qualificação estética/visual dos espaços públicos, bem como a requalificação e reabilitação de áreas degradadas.
– Cada Município da AML, nomeou um artista para o projeto, sendo que, posteriormente, estes foram sorteados aleatoriamente de forma a apresentar a sua arte num Concelho que não o seu de residência. O escolhido para intervir no Concelho de Sintra foi o artista Raivo, originário de Setúbal. Licenciado em Design da Comunicação, iniciou a sua carreira como street artist em 2006. Segundo este, a arte urbana serve como escape ao viver enfadonho e repetitivo do dia-a-dia.
O mural realizada pelo artista e caligrafista Raivo, personalizou a parede existente na av. Lisboa numa extensão de 61 mt, dando-lhe uma nova imagem.
Descritivo da intervenção:
Ao longo de toda a parede está descrita a história da Vila de Casal de Cambra, também o grafismo e a junção de elementos sugere uma história. Toda a parede está pintada de cinzento claro de forma a fluir com o meio urbano envolvente. O fundo da pintura tem caracteres, partes da história, bem como manchas das cores acima referidas, de modo a unir todos os elementos da pintura.
Foi utilizada a criptografia para referenciar as iniciais de Casal de Cambra CDC/343. De acordo com o Presidente Mário Santos esta é uma expressão utilizada pelos jovens da Freguesia referente ao nome Casal de Cambra, o 3 é o ‘C’ terceira letra do alfabeto, o 4 o ‘D’ a quarta letra do alfabeto, escrevendo assim a sigla, CDC/343, permitindo desta forma realizar uma ligação e simbiose entre o passado e o presente.
A primeira parte do mural é caracterizada pela harmonia entre formas e cores que dão destaque à sigla ‘343’, que por sua vez define uma silhueta preenchida pela caligrafia que dá vida ao início da história de Casal de Cambra.
Na segunda parte da intervenção encontra-se uma paragem de autocarro, cujo grafismo circundante procura dar profundidade à mesma, convidando-a a fazer parte integrante do processo criativo.
Dando continuação à primeira parte do mural e à história de Casal de Cambra, a presença das formas e manchas de cores encontram-se novamente como plano de fundo que tem como protagonista a sigla ‘CDC’, mais uma vez representada pela silhueta preenchida com caligrafia.
Como conclusão da intervenção, o nome da localidade ganha destaque numa composição que remete ao Quebra-Cabeça, Sopa de Letras, desafiando o contraste de cor para evidenciar o mesmo.
Casal de Cambra
Uma freguesia virada à população!
Uma freguesia virada à população!